Nana Moraes
Nana Moraes, fotógrafa, nasceu em 1963 no Rio de Janeiro. Formada em jornalismo pela PUC de São Paulo.
É diretora do Retrato Espaço Cultural. E, coordenadora de cursos, oficinas e palestras do Espaço Educação Valda Nogueira no Retrato Espaço Cultural.
Colabora há mais de 30 anos para os mercados editorial, cultural e publicitário.
Foi seis vezes vencedora do Prêmio Abril de Jornalismo. E premiada pela Associação Brasileira de Propaganda como “Destaque Profissional/Fotografia”, em 2007 e 2011.
Publicou o livro Andorinhas, Nau Editora, RJ, 2011, primeiro volume da trilogia “DesAmadas".
Expôs Andorinhas em 2011 no Espaço Tom Jobim no Jardim Botânico do RJ. E, em 2012, no II Foto em Pauta Tiradentes MG.
Em, 2017 expôs Ausência, no Centro Cultural Correios, evento FotoRio. No mesmo ano expôs na Casa da Cultura de Paraty no Festival Paraty em Foco.
Em 2018 expôs Ausência na Fundação Oswaldo Cruz na ABRASCO 2018 com participação nas celebrações dos “70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos”.
Em 2019 Nana Moraes recebeu pelo trabalho Ausência, a Medalha Jorge Careli de Direitos Humanos, em sua 16º edição promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz (Asfoc-SN).
Em 2021 expôs Ausência, Correspondência Fotográfica no Centro Cultural Justiça Federal, evento FotoRio.
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Andorinhas
Primeiro livro da trilogia DesAmadas, Andorinhas foi lançado no ano de 2011 e conta com prefácio do cineasta Walter Salles e orelha de Margarida Pressburger, presidente da comissão de direitos humanos da OABRJ e representante do Brasil no subcomitê de prevenção à tortura em locais de privação de liberdade, da ONU.
Com uma câmera Leica M7, uma lente 50mm e filmes preto e branco, encontro-me com cinco mulheres que trabalham como prostitutas na Rodovia Presidente Dutra, principal estrada do país, que liga o Rio de Janeiro a São Paulo, a fim de desvelar suas histórias, sonhos e lutas.
No livro, além de fotografias em preto e branco, apresento a FotoTinta, técnica mista que desenvolvo desde 1997, onde tinta e fotografia se unem e novos retratos surgem coloridos.
Serão enviadas 5 fotografias que representam a maternidade nesse universo em que mulheres, mães, são perversamente discriminadas.
Ausência
O livro (e exposição) Ausência é resultado do projeto Travessia, desenvolvido no presídio feminino Nelson Hungria, no Complexo de Gericinó, no Rio de Janeiro, realizado entre os anos de 2015 e 2016.
Ao mergulhar no universo das presidiárias, encontrei mulheres, mães, que praticamente não recebem visitas e ficam anos sem notícias de suas filhas e filhos. Os motivos são muitos, a começar por nossa sociedade que é implacável e não admite o "erro" às mulheres.
Então, o projeto Travessia teve como objetivo estabelecer uma via de comunicação entre as mães encarceradas e suas famílias por meio da Fotografia e cartas.
As mães presas foram fotografadas em um fundo de céu preparado especialmente para elas. As fotos e as cartas delas foram enviados às famílias, com um pedido de autorização para que os filhos também fossem retratados em casa. E desse modo se estabelecer a Correspondência Fotográfica entre as mães, filhas e filhos.
Com texto da diretora executiva da Anistia Internacional Brasil, Jurema Werneck, na orelha do livro; e prefácio da Ministra da Saúde Nísia Trindade Lima, Ausência utiliza a linguagem artística para debater questões como encarceramento feminino, seu impacto nas famílias e na sociedade e possíveis formas alternativas de cumprimento de pena.
O livro Ausência é o segundo volume da trilogia DesAmadas e foi lançado em 2022.
Serão enviadas 5 fotografias das matrizes das páginas que constituem o livro, concebidas com fotos, objetos, retalhos e bordados (inspirado nas arpilleras chilenas - uma técnica têxtil e manual, que foi utilizada para expressar sobre a resistência política nos anos de ditadura. )
A exposição Ausência recebeu a Medalha Jorge Careli de Direitos Humanos, concedida pelo Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz em 2019.